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Às 23h

Livros na Minha Cabeceira

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NeverWhere

Sara, 28.12.09

“Gaiman representa Londres não só como uma cidade mas como duas, a Londres-de-Cima e a Londres-de-Baixo. São dois mundos que coexistem, e se ignoram, articulados por uma única estrutura ordenada: a rede do metropolitano. (…) A um mundo de aparente racionalidade contrapõe-se um outro, insuspeitado, com as suas próprias leis, habitado por personagens bizarras, encerrando perigos e maravilhas. (…) Esta fantasia urbana, thriller psicológico (será sempre algo mais) é Gaiman no seu melhor, brilhante, cheio de espírito, sublime de inspiração, resplandecente de humor e graça, mesmo quando é assustador”

 
“NeverWhere” foi a última leitura que conclui em 2009 e posso dizer que acabei em grande, foi uma das minhas leituras preferidas!
 
No género fantástico sou uma leitora principiante e dos poucos que li, com excepção de “Danças na Floresta” de Juliet Marrillier, o primeiro que li dessa escritora, nada me tinha chamado a atenção.
 
Já “NeverWhere” prendeu-me desde o início. Começamos por conhecer Richard, na sua festa de despedida na noite de véspera de mudança para Londres onde lhe esperava o seu novo trabalho na área dos seguros. E é precisamente durante essa festa, num intervalo em que Richard sai do pub para apanhar um pouco de ar fresco que nos apercebemos que a sua mudança para Londres não é uma simples mudança, Richard encontra uma misteriosa velha que o aconselha a tomar conta de si próprio e a estar atento a portas, depois de lhe ler a palma da mão.
 
E é em Londres que Richard conhece Door, uma rapariga fugitiva que ele encontra estendida sobre o passeio, suja, ferida e a sangrar. Ao contrário de Jessica, a noiva de Richard com prioridades algo trocadas, que passou sobre o vulto que jazia no chão, ignorando-o, Richard socorreu imediatamente Door, acabando por levá-la para casa e abandonando Jessica, que o colocou entre a espada e a parede.
 
A preocupação de Richard por Door, a ajuda prestada, tornou-se no seu pesadelo. Da noite para o dia, Richard tornou-se invisível no mundo que conhecemos. Começa por ser visitado por duas sinistras criaturas, Mr. Vandemar e Mr. Croup, assassinos da Londres-de-Baixo que perseguem Door, tornando-se agora também Richard num fugitivo. Sem outra solução, Richard acompanha Door a Londres-de-Baixo, um mundo onde as paragens de metropolitano escondem as personagens mais caricatas que possam imaginar, onde as ratazanas interligam ambos os mundos e ajudam, juntamente com Richard e outras duas importantes personagens desta história, Door na sua causa: procurar o anjo Islington que a ajudará a descobrir quem aniquilou a sua família.
                                      Ilustração de Marc Brownlow
 
Adorei a escrita que me prendeu, as personagens e o enredo da história. A descrição das diferentes criaturas de Londres-de-Baixo está de tal forma conseguida que imaginamo-las como se existissem de facto. Nesta leitura esperam-nos várias surpresas e mostra como nem tudo o que aparenta ser é-o de facto.
Há aventura, mistério, amor, desilusão, traição e terror, tudo q.b.
 

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